FRUTOS
A MANGA - Sarah, 4° ano.
O MORANGO - Lenny, 4° ano.
A MAÇÃ - Inês, 4° ano.
O PÊSSEGO - Agathe, 4° ano
A LARANJA - Thomas, 4° ano.
A BANANA - Stacy, 4° ano.
CARTAS
Carta da Inês, 8° ano
Lisboa, 27 de abril de 1974
Querida mãe,
Espero que a minha carta te vá encontrar bem, aí, na nossa aldeia. Com certeza, ouviste falar dos acontecimentos aqui em Lisboa. Foram realmente momentos intensos, para mim e para os meus companheiros do regimento da engenharia. Quero, primeiro, dizer-te que estou bem e que conseguimos uma revolução sem violência.
Tudo começou há vários meses. Quando eu cheguei aqui ao regimento, ainda vinha com o terror de ter de ir para a Angola. Com certeza, também te lembras das nossas conversas antes de eu partir da nossa casa de Vilamar. Eu dizia-te muito que não tinha medo mas hoje, bem posso confessar que, na verdade, ter de ir para o ultra-mar me terrorizava. Felizmente, com os acontecimentos destes últimos dias, tudo acabou. A nossa revolução vai mudar muitas coisas em Portugal. Nunca mais um jóvem português irá perder a vida para podermos guardar os “nossos” territórios nas colónias. “Nossos”, não, porque a terra é do povo que a habita !
Como deves ter ouvido falar, a nossa revolução começou aqui mesmo onde estou. Pois, o MFA instalou o posto de comando, aqui, no nosso regimento, no fim do dia 24. Foi daqui que o major Saraiva de Carvalho dirigiu as forças revoltosas. Eu associei-me e fiquei à espera dos sinais combinados para o início da ação, ouvindo a rádio. Pouco antes das 23 horas, ouvimos enfim a música de Paulo de Carvalho e saímos para a rua toda a noite. Vários regimentos juntaram-se e tomaram posição durante esta noite em todas as partes importantes da cidade. Entretanto, alguns tomaram de assalto os estúdios da RTP e da Rádio Clube Português. A população ficou sabendo pouco a pouco dos acontecimentos e juntou-se ao nosso movimento urante todo o dia 25. Ao fim da tarden o povo encheu completamente o Largo do Carmo apoiando o MFA. Foi aí que o nosso “grande” general Spínola anunciou a rendição do governo.
Eu segui estes acontecimentos com grande emoção e esperança num futuro melhor para todos nós. Tenho a certeza, hoje, que aí também, na nossa aldeia, as coisas vão mudar para melhor.
Um grande abraço deste filho que tem muitas saudades tuas, Paulo
PS : Com esta carta, mando-te o cravo que tinha na minha espingarda quando cheguei ao largo do Carmo. Guarda-o ; pois tem muito importância para mim.
Carta do Thomas, 8° ano
Mangua, Angola, 21 de Agosto de 1915
Cara Maria,
Eu sou um sobrevivente do submundo, cansado de sofrer. Maria, meu amor, minha querida. Maria, minha paixão, meu coração. Não me esqueças, eu não te esquecerei.
Ontem, a guerra foi difícil, Maria. Segunda-feira à noite, eu preparei-me para a guerra. Todos estivemos a cantar, andando. Estava cansado, mais bem-humorado. É bem a vida assim, com amigos, a cantar e a rir. O João e eu não estivemos estressados, não tivemos medo. Pensávamos que a guerra seria fácil como um jogo. Mas isso foi uma vaga ilusão, uma simples miragem.
Maria. Não te esqueceste do João, o nosso amigo de infância. Agora, já não é deste mundo. Ele deixou-nos e foi para um mundo melhor. Um mundo sem guerra, sem jogo. Um mundo sem medo, sem política... Ontem, não havia nuvens, mas océu estava a chorar bombas. O céu também chorava... Eu vi todos os meus camaradas a cairem. O campo de batalha tornou-se um vasto cemitério. Foi horrível. Eu vi o António, o filho do Manuel, a cair também. António, uma criança de 19 anos. Eu, eu matei mais ou menos vinte pessoas. É um desastre. Tenho vergonha de dizer isso. Eu perdi muitos dos meus amigos. Mas amanhã, talvez a guerra terá-me, mas eu quero lutar para o Pai, para o João, para o António, e para ti !
Maria, eu bem sei que nunca pensas em mim. Também sei que eu posso morrer para ti. E só Deus sabe, só Deus sabe como estou agora. As saudades tuas tomaram conta de mim e matam-me por dentro. A cor da solidão pintou o meu coração de mágoa em sofrimento. Maria, não me esqueças, eu queria dizer-te que eu nunca te esquecerei.
Amo-te, Maria.
Michel
OBJETOS INVENTADOS
Uma árvore de coelhos
No meu jardim, há uma árvore especial. Nos seus ramos, há animais! Os ramos têm coelhos grandes, pequenos, gigantes, minúsculos. Quando os coelhos têm cinco anos, eles já podem saltar e começar a viver, a viver novas aventuras...
Inventei estas árvores porque gosto muito de coelhos!
Mas, com tantos coelhos, agora tenho de fazer uma nova invenção inventiva : uma árvore de cenouras gigantes.
Inês, 6° ano.
Um verniz multicor
Um verniz multicor é um verniz que muda de cor em função da tua roupa. É uma invenção magnífica porque não é preciso mudar de verniz ; este verniz é permanente. Ele permite ganhar tempo e gastar menos dinheiro. No início, nas unhas das mãos, o verniz é preto, mas, cinco minutos depois, ele põe-se da cor da tua camisola. Mas nas unhas dos pés, o verniz põe-se da cor das tuas calças.
É tóxico para as crianças que têm menos de dez anos.
Não está disponível antes de junho 2015 e será vendido 60 euros!
Espero que este produto vos agradará.
Adeus e até breve!
Julie, 6° ano
Vacances d'Automne : 26.10 et 2.11
Reprise des cours le 9.11
Les inscriptions 2024-2025 sont désormais clôturées.
En venant nous voir
Le samedi à 14h, 15h, 16h ou 18h30, rue Georges Lugol, à Meaux (hors vacances scolaires).
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Préscolaires : ines@cpeespm.com
1ère année + collège : lea@cpeespm.com
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Adultes : paula@cpeespm.com
Le samedi après-midi, de 14h à 18h30
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